O Palácio de Versailles é um dos passeios que normalmente entra na lista do turista que visita Paris. Isso por causa da sua importância histórica, bela arquitetura e seus famosos jardins.

Quando Luís XIV decidiu, em 1668, erguer o maior palácio da Europa ele realmente não fez economias, se é que você me entende. Muitos ambientes nos arrancam suspiros, por causa da exuberância e beleza.

Embora Versailles seja fora de Paris, chegar lá foi mais simples e rápido do que eu esperava: pouco mais de meia hora de trem e já estávamos desembarcando na estação Versailles-Rive Gauche, a mais próxima do Palácio. Depois foi só seguir o fluxo de pessoas.

Usamos a linha de trem RER C5 e foi muito fácil acessá-la, já que ela faz paradas em várias estações de Paris. Outras linhas também chegam no palácio, mas essa é a que para mais perto.

Da estação de trem para o Palácio - amplie para visualizar em melhor qualidade



O nosso bilhete de transporte valia apenas para as zonas 1-3, e Versailles está fora desse perímetro. Foi preciso, portanto, comprar bilhetes avulsos de ida e volta para a zona 4. Se for o seu caso, faça o mesmo e evite pegar fila para comprar o seu bilhete da volta. A estação Versailles-Rive Gauch é a última da linha, então relaxe e aproveite o percurso.

Bem, acho que até aqui eu já sinalizei o que estou enrolando para te contar: a quantidade de pessoas que visita o Palácio de Versailles é imensa e até desanimadora! A fila logo na entrada chega a causar tanto impacto, quanto aquela bela construção histórica.

Uma parte da fila, para esclarecer


Quem não compra com antecedência o bilhete de acesso normalmente encara também outra fila demorada: a dos guichês de compra. O que pouca gente sabe, no entanto, é que há meia dúzias de máquinas automáticas que, por estarem mal posicionadas, são pouco usadas pelas pessoas. A gente só se dá conta que elas existem quando está prestes a ser atendido por um funcionário. Por isso, peça licença e fure a fila, como faz a minoria das pessoas que tem essa informação preciosa.

A fila  dos guichês é chata, mas a sinalização do espaço é bem bonita


Repara só na faixa azul que separa a fila de quem vai direto até as máquinas automáticas (ao fundo)

Existe mais de uma opção de bilhete para ser comprado. Qual escolher? Depende do seu tempo e disposição em conhecer o lugar. Nós escolhemos o bilhete que dá acesso total: Château, jardins, Trianon e Le Domaine de Marie-Antoinette.

Comece o dia pelos jardins e deixe para encarar a fila do Château à tarde: os jardins e os outros edifícios estarão mais tranquilos na parte da manhã.

O percurso pelos jardins até o Petit Trianon

Fonte de Netuno, que nesse dia não lançou nenhum jato de água
Para se deslocar de um lugar para o outro você poderá caminhar, usar uma espécie de bondinho, alugar um carro elétrico ou uma bicicleta. Além disso, pode-se alugar barquinhos para remar pelo canal (11 euros por meia hora de passeio).

Barquinhos no Grand Canal, cenário de festas promovidas por Luís XIV em barcos
Os bondinhos tem frequência de 20 a 30 minutos e custam 3,70 euros

A minha opção favorita é alugar uma bicicleta para explorar o lugar. O espaço é bem gostoso e propício para pedaladas, por ser plano e arborizado. Infelizmente, não fizemos isso porque não planejamos com antecedência o nosso passeio, mas era assim que eu o faria.

Vimos vários ciclistas em frente ao Trianon e ao Le Domaine de Marie-Antoinette para visitar esses espaços. Imagino que deve haver uma forma de prender as bicicletas ou um espaço para estacioná-las com segurança.

O Trianon e o Le Domaine de Marie-Antoinette abrem entre 11h e 12h30. Nós os visitamos nesses horários e não pegamos fila alguma. Além disso, foi muito melhor visitá-los com pouca gente, sem pressa ou tumulto. Até para tirar fotos é melhor.

Grand Trianon, lugar em que Luís XIV mandou construir para escapar dos rigores da vida na corte
Corredor do Grand Trianon


Um dos aposentos da casa
Le Domaine de Marie-Antoinette


Devolva a bicicleta antes de encarar a fila do Château, que à tarde já deve estar um pouco menor: o aluguel do equipamento é por hora.



O edifício principal é realmente lindo e merece o esforço que você fez para conhecê-lo. Pegue o áudio-guia em português para entender melhor cada ambiente e o que merece ser destacado de cada lugar e aproveite!


Informações úteis:

O Palácio de Versailles fecha às segundas-feiras e, segundo os mais entendidos, recebe mais visitantes aos finais de semana.

Entre as linhas de trem que servem a região, a C5 é a que tem a estação mais próxima do palácio: a Versailles-Rive Gauch.

Para fazer uma refeição mais barata, você precisará sair das propriedades do palácio. No entorno há pequenos restaurantes e, no caminho até a estação de trem, lanchonetes como Mc Donalds.

A fila para visitar o Château é "ao ar livre", então procure diminuir o desconforto: leve uma capa ou guarda-chuva se o tempo estiver ruim ou passe um bom protetor se o dia estiver ensolarado. Além disso, uma garrafa de água ou um snack são bem-vindos para tapear o tempo.

Você já deve ter concluído, mas não custa reforçar: sapatos confortáveis são essenciais! 

5 Responses so far.

  1. Muito bom! Gosto assim, com um monte de foto para ilustrar!
    parabéns!

  2. Gabi Bonadio says:

    Lu AMEI o post!! Vai nos ajudar muito! Obrigada! As fotos estão lindas!! :)

  3. Este comentário foi removido pelo autor.
  4. Eliane says:

    Eu amei o post.Estou indo em setembro de 2017 e essas dicas foram maravilhosas

  5. Unknown says:

    Olá. É possível andar de bike em todo o jardim, inclusive a área próxima aos fundos do palácio (orangerie, fontes, jardins do rei e da rainha...)?

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