Está em Washington no verão e quer apreciar o pôr-do-sol num lugar bacana? Eu recomendo o National Harbor.



Às margens do Rio Potomac, um pier com cadeiras de sol para você curtir o fim de tarde, e muita gente circulando pelas lojas, cafés e restaurantes das ruas próximas.

Não esqueça de conferir a programação da cidade em uma daquelas revistas gratuitas, distribuídas em grandes estações de metrô ou pontos turísticos mais populares: o National Harbor é palco de shows e seções de cinema ao ar livre durante o verão.

O ambiente é aberto, gratuito e bastante agradável. Um pouco distante das principais atrações da cidade, é verdade, mas o esforço compensa.

Quem chega de carro, pode estacionar nos prédios próximos ao pier (confira os preços aqui). De ônibus, a linha NH1 que parte da estação Branch Ave do metrô (linha verde) para bem no burburinho.

Uma dica para quem quiser preparar algo romântico para o amado ou amada é uma hospedagem-surpresa de uma noite em um dos hotéis na beira do rio: a vista deve ser bem legal! Alguns quartos custam menos de $150 por noite. No entanto, não é um lugar bem localizado para permanecer o restante da viagem, ein?

Caso possa pagar algo mais extravagante, alugue um barco ou caiaque na marina. Eu vi anúncios dessa agência de turismo nas revistas da cidade.

Dia de sol e céu azulzinho nas férias, quem não gosta? E se você estiver por Washington num dia assim, a minha dica é alugar uma bike na Union Station e sair pedalando pela área do National Mall para conhecer os monumentos da cidade!

O caminho é tranquilo, sempre plano, e a paisagem... delícia de ver! O passeio pode durar o dia todo, entre paradas e pedaladas.

Você vai passar em frente a muitos museus bacanas, mas seja firme no seu propósito de desfrutar o dia do lado de fora, na rua. Volte outra hora para entrar em cada um deles: vale a pena!

A Union Station é uma estação de trem construída em 1907 e tem uma bela arquitetura. Você consegue chegar lá de metrô e, do lado de fora dela, alugar uma bike.

Ali pertinho está o Capitólio e o motivo pelo qual, na minha opinião, a gente se decepciona com a Casa Branca: ele é bem mais bonito e imponente.

A próxima parada é o Washington Monumento (ou obelisco) e as 50 bandeiras que o circulam.

À esquerda dele você avistará o Jefferson Memorial, uma cúpula neo-clássica inspirada no Pantheon romano. O percurso ao redor do lago é, na minha opinião, o mais gostoso para o ciclista porque é bem arborizado.

O próximo destino é o Martin Luher King Jr. Memorial, inaugurado em 2011, no mesmo local onde ele pronunciou o seu discurso mais famoso. Fique ali um tempo, curtindo todas as frases nas paredes e a explicação bem interessante do significado da escultura.

Siga para o Lincoln Memorial onde, no interior de uma construção de quase 100 metros de altura e 36 colunas, o ex-presidente Abraham Lincoln está sentado em uma poltrona.

Força e ânimo, porque ainda faltam dois lugares bacanas de ver: o Memorial da II Guerra Mundial e a Casa Branca.

Quem não tem um guia impresso de viagem, pode encontrar informações sobre os monumentos aqui. Repare que eu não citei todos, mas você passará por eles durante o percurso, como o Franklin Roosevelt Memorial, Korean War Memorial e Vietam Veterans Memorial.

Clique para ver maior e imprimir!

Quer saber que empresas alugam as bicicletas e quanto custa? Entre no site da Bike and Roll para ter uma ideia de valores e horários: essa empresa é a que eu mais vi pelas cidades dos EUA em que estive. 

Está em dúvida sobre qual é o melhor meio de transporte para fazer o trajeto entre Amsterdam e Paris? Pesquise os preços e, se o trem estiver com valores competitivos, prefira ele ao avião.

Quem sou eu para mentir para você? O avião vai bem mais rápido, mas o tempo que demora para deslocar-se até o aeroporto, a burocracia para embarcar e o tempo para chegar de lá até o hotel acrescenta, pelo menos, umas duas horas ao trajeto.

De trem você não precisa chegar com tanta antecedência na estação, afinal o único trâmite a ser feito é a conferência das passagens e assentos, que acontece depois que a viagem começa.

O trâmite é tão simples que causa até uma certa indignação, sabe? O mesmo trajeto, se fosse feito com avião, certamente te obrigaria a dar explicações sobre a sua procedência e destino, mostrar seus documentos e passagens, despachar as bagagens, passar por revista etc.

Eu lembro que desembarcamos em Paris e dissemos: é só isso? não vamos contar pra ninguém que a gente chegou? é só pegar o metrô e seguir com a vida?

Sim, é simples desse jeito. E, o melhor de tudo, as estações de Amsterdam e Paris são de fácil acesso e bem perto dos pontos turísticos, ao contrário dos aeroportos. Você desloca-se rapidinho até o seu hotel e sem gastar muito.

A viagem de trem é tranquila e dura pouco mais de 3 horas. Baixe as expectativas, no entanto, quanto a paisagem pelo caminho, porque na maior parte do tempo vê-se fazendas, grandes campos etc. Risque da sua cabeça os belos vales, litoral exuberante ou montanhas nevadas que você possa ter imaginado, mesmo depois ter dado uma espiada no mapa da Europa.

Quem já passou aperto para fazer a mala se adequar às especificações das passagens low coast sabe o valor do que vou contar: não há cobrança ou controle de peso e volume das bagagens. Você mesmo acomoda dentro do trem os seus pertences, sem precisar ficar neurótico porque a mala tem um quilo ou alguns centímetros a mais.

Informações úteis:

As nossas passagens nós compramos nesse site. Para compras em português, há esse site, mas as passagens normalmente ficam mais caras. O trem é o mesmo.

O trem parte da estação central de Amsterdam e chega na Gare du Nord em Paris, ambas bem acessíveis por transporte público. 

Compre os bilhetes de segunda classe sem medo: os vagões são confortáveis o suficiente para o tempo do percurso.

Há espaço sobre os assentos para acomodar malas de mão e, em frente às portas, nichos destinados às bagagens maiores. Pode ser que você precise levantar a sua mala, caso os nichos embaixo já estejam ocupados. Prepare-se psicologicamente para isso.

Há banheiros no trem.

Eu não preciso te recomendar visitar os principais cartões-postais de Paris, não é mesmo? Eles certamente já estão na sua lista de coisas para fazer e também na lista dos seus amigos e familiares para lhe perguntar se você viu.

É uma delícia conhecer os lugares que estão no nosso imaginário! Já os vimos tanto em livros, filmes e programas de TV que a gente fica na expectativa de estar um dia ali, cara-a-cara, para ver com os nossos próprios olhos.

Uma pena mesmo é que ali perto, muitas vezes, tem uma coisa super bacana que pouca gente visita porque nunca ouviu falar ou porque desacredita que seja tão imperdível assim.

Quer um exemplo? Pertinho da Torre Eiffel, enquanto o calor humano está intenso nas imensas filas demoradas, quem decide visitar a Dôme entra rapidinho e se surpreende com o lugar: a antiga igreja perdeu o seu espaço de honra, tradicionalmente do altar e da figura de Cristo, para abrigar a bela cripta de Napoleão. E podemos concluir que o rei Luís Filipe pirou nos detalhes e na homenagem.



Bem ao lado da Dôme, por €3, você fica frente-a-frente com famosas esculturas de Rodin. Nem precisa entrar no museu: basta caminhar pelos jardins e se deliciar com as obras, entre elas a famosa escultura "O Pensador". Tá vendo? Não é só no Louvre que tem obra de arte famosona!

Na Notre Dame, enquanto a maioria divide-se nas filas para entrar ou subir, pouca gente estica o passeio até a Sainte-Chapelle e perde a oportunidade de ficar sem palavras diante de tão lindos vitrais. Eu sei que é deselegante dizer isso, mas o interior da Sainte-Chapelle me deixou bem mais boquiaberta do que o da Notre Dame.

Se você caminhar um pouco mais - e eu tenho que ser sincera e dizer que a caminhada não é tão curta assim - tem dois lugares que valem a pena conhecer: o Phanteon e o Jardim de Luxemburgo. O  primeiro, uma antiga basílica que, assim como a Dôme, perdeu a sua função religiosa ao longo do tempo. No centro, o pêndulo de Foucault e, na cripta, túmulos de revolucionários e grandes pensadores, como Voltaire e Rousseau. Um deleite para quem aprecia história, arte ou mesmo uma bela arquitetura.



Em frente ao Pantheon está o Jardim de Luxemburgo, cheio de cadeiras para descansar, ler um livro ou bater papo. Aquele lugar que você adoraria ter no seu bairro.





A história da França te interessa? Então o Museu Carnavalet, no Marais, é imperdível e, ainda melhor, gratuito. Fica pertinho da Places des Vosges. Entre os destaques, um andar inteiro sobre Revolução Francesa e várias representações sobre a Declaração dos Direitos Humanos e os ideais revolucionários da liberdade, igualdade e fraternidade.

Places des Vosges

Por aquelas ruas no entorno do museu está o famoso fallafel que tanta gente recomenda comer: é realmente delicioso. O lugar chama-se L'As du Fallafel e fica na Rue des Rosiers, 34. Posso dizer que achei o falaffel da frente mais gostoso sem provocar revoltas? É que eu gosto de um molho exagerado!




E então? Será que eu te convenci a dar, ao menos, uma esticadinha no seu roteiro?

Navegar pelo rio Sena não é o jeito mais prático e rápido de deslocar-se de um ponto turístico ao outro da cidade, mas é claro que o charme do passeio compensa isso.

Algumas empresas oferecem tours românticos, durante o dia ou à noite, enquanto outras propõe-se apenas ao deslocamento despretensioso de passageiros aos lugares mais visitados da cidade que estão à margem do rio. A Batobus Paris está mais para a segunda opção.



O barco navega em sentido único, fazendo uma rota circular e oito paradas, entre elas em frente à Torre Eiffel, à Catedral de Notre Dame e ao Louvre. Nas próprias estações vende-se os bilhetes, mas eles também podem ser adquiridos nos aeroportos ou estações de trem.

Os passes valem de 1 a 5 dias consecutivos e custam entre €15 e €21 para adultos. Para famílias, há uma opção por €35, em que passeiam dois adultos com duas crianças. Estudantes pagam meia entrada, então não esqueça de levar a carteirinha internacional se for o seu caso.

O passe permite que, durante todo o dia, você use o serviço, embarcando e desembarcando onde preferir. A frequência dos barcos é de cerca de 20 minutos e uma fila forma-se na estação para aguardá-lo. O serviço é bem organizadinho.

Os barcos tem paredes e teto de vidro, para que todos os passageiros aproveitem a vista a partir dos seus assentos, desfrutando do ar condicionado. Quem prefere navegar ao ar livre, um pequeno espaço no fundo do barco acomoda a maioria dos turistas em pé.







  
O passeio é ideal para você que...

... tem tempo ou está disposto a desfrutar da cidade sem pressa, afinal o deslocamento é mais demorado do que por outros meios de transporte.

... quer passar um dia diferente na cidade. Eu proponho que, no dia desse passeio, você entre em atrações que exijam menos tempo na fila e curta mais caminhar e explorar o entorno. Sente-se embaixo de uma das árvores no jardim da Notre Dame para bater papo, espere pelo pôr-do-sol no Trocadero (prepare a máquina para tirar lindas fotos da Torre Eiffel), dê uma esticadinha até aquela sorveteria ou restaurante que te recomendaram a visita.

.... não tem expectativa de fazer um passeio intimista ou mais exclusivo. Para isso, há tours que normalmente incluem alguma refeição, vinho ou espumante. Custam mais caro, como você já deve imaginar.

A Catedral de Notre Dame vista do Sena

O convidativo jardim aos fundos da catedral

Informações úteis:

O Batobus funciona diariamente das 10h às 21h30 de abril à setembro, e até 19h no restante do ano. Prefira os dias que não estiver chovendo para fazer o passeio, porque a água certamente atrapalhará a vista das paredes e teto de vidro do barco.

Os passes custam entre €15 e €21 para adultos. Veja todos os valores aqui.