Chegando em Amsterdam

Quem chega em Amsterdam de avião ou trem, provavelmente se dirigirá à estação central para, depois, seguir em direção ao hotel.

Bem em frente a ela, a oferta de transporte é grande: você não terá problemas para chegar até a sua hospedagem, caso não consiga ir até lá caminhando. 

Foto de ajlenehan - Flickr



Sem a informação já anotada sobre qual ônibus ou trem deve pegar e onde descer, é possível encontrar dificuldades em consegui-la na hora. Não esqueça: o idioma do país não é o inglês.

Muita gente fala inglês, mas é bastante comum encontrar pessoas que não falam nada ou muito pouco do idioma. Por isso, a minha dica é que você entre em contato com o seu hotel e pergunte essas coisas antes de viajar.

Também tenha um mapa de ruas com você, para evitar perder-se enquanto carrega a sua mala. É muito fácil confundir-se naquela dezenas de canais, ruas e vielas.

Um dos mapas que conseguimos no nosso hotel. Esse é da LoversConmpany








Do aeroporto até a estação central
Há um trem que parte do aeroporto em direção à estação central e que custa cerca de 4 euros.

Foto de kpmarek - Flickr

Comprar o bilhete do trem é bem chatinho e muitas pessoas sentem dificuldade em fazê-lo. Passamos por isso e demorou para entendermos o funcionamento das máquinas amarelas no saguão do aeroporto.

Foto de EKPark - Flickr

Se você preferir encarar a fila para comprar com um funcionário, achará com facilidade os guichês para isso. No entanto, será cobrado por ser atendido pessoalmente.

Veja abaixo o passo-a-passo das máquinas amarelas (prepare-se para as fotos de péssima qualidade a seguir rs).


Na primeira tela (foto da esquerda) você escolhe o tipo de ticket (no nosso caso single, pois não retornaríamos para o aeroporto). Em seguida (foto direita), o destino: Amsterdam Centraal. A máquina pedirá que você c







Na tela seguinte, foto acima, as duas primeiras colunas mostram as escolhas que você já fez nos passos anteriores. Começam, portanto, a partir da terceira coluna as próximas decisões que você deverá tomar:

* categoria (segunda classe),
* full fare (preço total sem descontos)
* o dia de uso (válido para o dia), 
* a quantidade de tickets (compramos 2: um para cada pessoa),
* a forma de pagamento. 

As formas de pagamentos são limitadas a cartão de débito ou crédito. Uma pequena taxa é cobrada para a segunda opção. O VTM não se enquadrou em nenhuma das duas opções então, se estiver somente com ele, nem perca seu tempo e vá direto até um funcionário.

Com o ticket em mãos, basta olhar nos painéis os horários e a plataforma dos próximos trens.

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Amsterdam express

Amsterdam é uma cidade toda diferente, cheia de canais e pontes, bicicletas amarradas em todos os cantos e um trânsito maluco que a gente, em muitos momentos, duvida se está mesmo ocupando o lugar certo. Difícil saber o que é calçada, rua, trilho de trem, ciclofaixa...



Como eu desabafei nas minhas primeiras horas por lá: é uma cidade aguada gente! Água para todo lado. E quando você menos espera, já está se localizando assim: meu hotel fica depois de duas pontes e três canais.



Caminhar é a melhor forma de conhecer a cidade, então um sapato confortável deve ser aquele item obrigatório na sua mala. Outra coisa essencial é um mapa de ruas, porque aquele monte de vielas e pontes confunde a gente.


Se você não comprar um guia de viagem com mapa para levar, imprima um mapinha para chegar, pelo menos, até o seu hotel: o mapa de ruas no centro de informação turística não é distribuído gratuitamente, mas o do hotel sim.

De Waag, um antigo portão da cidade e onde funciona atualmente um café

Ficamos apenas dois dias na cidade. No primeiro, aproveitamos o sol e o céu azul, com direito até a uma temperatura amiga do turista (nem frio, nem calor) para caminhar pela cidade, passear no Vondelpark e nos arredores do Rijksmuseum, onde estão as famosas letras "I am Amterdam" e uma pracinha bem gostosa. 




Depois de tirar uma bela foto em frente, encima, ao lado ou dentro das letras mais famosas da cidade, sente-se no gramado ou em um dos bancos da praça para apreciar o movimento de pessoas e divertir-se com os turistas que resolvem tirar diversas fotos em cada letra da frase. Que coisa irritante gente! Nós encontramos um casal assim. Descansamos por quase meia hora ali na praça e, quando fomos embora, eles ainda estavam na metade da frase! rs



À noite também fizemos uma boa caminhada pela cidade e aproveitamos para conhecer o Red Light District que, como você já deve ter lido a respeito, as moças expostas nas janelas não permitem serem fotografadas. Isso não quer dizer que não tenha turistas fotografando, mas evite o transtorno: elas gritam e até vão atrás do paparazzi tomar satisfação.



No dia seguinte, nublado, aproveitamos para visitar o Anne Frank House (imperdível!), o mirante da Bibliotheek e para caminhar até o moinho de vento que tem ali perto, um pouco depois do NEMO e o Maritime Museum. 

Estátua de Anne Frank e entrada do Anne Frank House

O vento congelante e o cinza, que parecia ter impregnado em toda a paisagem - céu, pontes, canais e construções - fazia a gente desejar um local fechado e quentinho para se refugiar. 

Vista a partir do mirante da biblioteca




Antigo moinho da cidade

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Quatro dias em Dublin

A Irlanda foi um país que entrou no nosso roteiro de viagem por um simples motivo: uma grande amiga mora lá. A vontade de encontrá-la era tão grande que, entre uma cidade mega turística e outra, Dublin estava bem no meio com apenas uma atividade importante: matar a saudade! A nossa programação ficou por conta dela.

Saint Patrick's Cathedral, igreja anglicana do século 13



Em quatro dias de estadia, visitamos alguns dos principais pontos turísticos de Dublin e demos duas escapadinhas, em Powerscourt e Dun Laoghaire, cidades bem próximas e de fácil acesso através de transporte público. O restante do tempo gastamos percorrendo a cidade, curtindo algum parque urbano ou papeando mesmo.

Meu parque favorito, o St. Stephen's Green, daqueles que a gente deseja ter perto de casa, sabe?


Passear às margens do Liffey foi uma das coisas que eu achei mais bacana de fazer. Por ali há prédios interessantes, pontes, esculturas...







Se você já visitou os nossos vizinhos argentinos, certamente vai reconhecer na ponte Samuel Beckett alguma semelhança com a Puente de la Mujer, em Puerto Madero, Buenos Aires. Isso porque foi o mesmo arquiteto, o espanhol Santiago Calatrava, que desenhou ambas. Em Buenos Aires a ponte representa um casal dançando tango, enquanto em Dublin é uma harpa, com os cabos de aço como cordas.

Uma pena que as minhas fotos da ponte não ficaram boas. Essa é de JimmyPierce (flicr)




Aqui, uma foto de como a ponte chegou em Dublin - flicr de mac_filko

As sete esculturas que retratam as vítimas da grande fome irlandesa, ocorrida na década de 1840, caminhando pela cidade em direção ao mar, esperando partir em um dos navios para uma terra nova são bem impressionantes.

The Famine Sculptures (Norma Smurfit, 1997) - em memória das vítimas da Grande Fome
Detalhe da escultura

No Grand Canal Square, bem em frente ao teatro, tem alguns bares e restaurantes que ficam cheios em dias de sol. É um lugar gostoso de conhecer, mas seria preciso desligar o vento para eu apreciar ficar sentada em uma das mesinhas ao ar livre.

Foto de JimmyPierce (flicr)


Não cheguei a caminhar até a roda gigante, uma espécie de versão humilde da London Eye, mas acho que vale a pena subir para espiar a cidade lá do alto.

Mapa distribuído nos pontos de informação turística da cidade

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Comida brasileira em Dublin

Você é o tipo de viajante que aprecia um bom restaurante e um bom vinho? Que não perde a oportunidade de provar as delícias dos mais famosos chefs das cidades que visita?

Meu amigo, o google te trouxe para o blog errado. Pode ir, eu não ficarei chateada. Coloque "gourmet" na sua busca e esse transtorno certamente não vai se repetir.

Eu adoro comer em um restaurante bem bacana, mas infelizmente tenho que riscar essa mordomia da minha lista quando eu viajo, para poder viajar com mais frequência.

Creio que todo mundo que adora correr o mundo e não tem um orçamento dos sonhos faz algum sacrifício. Eu não abro mão de entrar em todas as atrações que achar interessante, mesmo sendo caras. Também sou cuidadosa na escolha da minha hospedagem e não dispenso um banheiro particular. Comida refinada e taxi, no entanto, são pequenos luxos que eu não costumo ter.

Para quem se encontra na mesma situação, tenho uma dica bacana de comida boa e barata, ótima para descansar do fast food ou matar a saudade do cardápio de casa. 

Uma das entradas do Food Hall


Food Hall é uma espécie de praça de alimentação na esquina das ruas Liffey e Abbey Middle. Lá tem um restaurante brasileiro que vende alguns dos nossos clássicos combinados: arroz e feijão com bife, batata frita e salada; arroz, filé a parmegiana, salada e fritas; feijoada etc. Comida gostosa por um preço bacana: de 5 a 7 euros.

Aqui, um dos pratos que comemos (o feijão estava num potinho à parte)

No site oficial tem um mapinha de como chegar lá. Fica no centro, perto das atrações que você já vai visitar.

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The Book of Kells


Esse é, para mim, um programa imperdível em Dublin, sobretudo para quem trabalha na área gráfica ou com ilustrações. O Book of Kells é um manuscrito de pergaminho de quase 700 páginas com os quatro evangelhos bíblicos escritos em latim por monges irlandeses. Não é uma tradução fiel do texto bíblico, mas uma espécie de catequese, bem rica em símbolos. Não se sabe ao certo quando foi escrito, mas estima-se que seja por volta do século 9.

Imagens de Rainsford (Flicr) de uma publicação sobre o manuscrito


Coisa linda a riqueza tipográfica, a diagramação, ilustrações, técnicas de pintura etc! E o museu é bem pedagógico na explicação da história do manuscrito, a simbologia dos elementos usados, o modo (técnica) como foi criado...

Foto - Rainsford (Flicr) 






Uma pena não ser possível tirar fotos, porque eu adoraria ter imagens do lugar! O ingresso custa 9 euros e também dá acesso à bela biblioteca do Trinity College.


Pátio do Trinity College. Aproveite para espiar o movimento de alunos pelo campus!




Abaixo, o folheto distribuído na bilheteria (em espanhol). Os ingressos custam 9 euros. Para outras informações, acesse o site oficial.



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Domingo de sol em Dun Laoghaire

Para quem estiver viajando pela Irlanda e quiser curtir um lindo domingo (rezemos para que seja de sol!) à beira-mar, uma dica bacana é visitar Dün Laoghaire, cidade costeira bem próxima de Dublin. 










Em qualquer dia da semana deve ser bem agradável passear por ali, mas aos domingos acontece uma feirinha local, em geral de alimentos, que reúne as pessoas ao redor da praça. Você poderá comprar algo gostoso para almoçar e sentar em um dos bancos, ou mesmo na grama, apreciar o mar e, se for um dia de sol, descongelar o corpo! rs


Entre as comidas, vimos pães, tortas, doces, chocolates, crepes, comida chinesa, falafel... A média de preço é de 5 euros a refeição.


Com uma curta caminhada beirando o mar chega-se em Sandycove, podemos dizer que é uma "praia vizinha". Ali a costa faz a curva e forma uma espécie de prainha, com águas cristalinas e congelantes, que convidam ao mergulho apenas os moradores locais. Você, das terras tropicais, vai, no máximo, divertir-se com o movimento e a coragem do pessoal!



Por ali fica o James Joyce Tower & Museum, torre construída para resistir a uma invasão de Napoleão e que, atualmente, é dedicada à vida e obra do escritor irlandês. Estava fechado no dia que passeamos pela cidade. 

Algumas atrações do local
Chegar em Dün Laoghaire é bem fácil: basta pegar o trem (DART) na estação central de Dublin, a Connolly Station, e acompanhar pela sinalização interna do trem a sequência das paradas que ele faz ao longo do percurso, até que chegue o momento de descer. Já compre o bilhete ida e volta (4,70 euros) para facilitar a sua vida e economizar uns trocados.


Curtimos um lindo dia de sol, que seria realmente perfeito se Deus tivesse desligado o vento! E que vento! Conselho para a mulherada: leve algo para prender os cabelos ou, pelo menos, a franja!

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