Quanto custa viajar para NY?


Muitos amigos nos perguntam quanto custa uma viagem para NY, a faixa de preço dos hotéis, as despesas com os passeios e tickets, o preço da comida e do transporte...
É sempre difícil calcular um valor porque cada pessoa tem um padrão de viagem, uma exigência de conforto, um estilo gastronômico e, sem dúvida, paciência (ou não) para garimpar super promoções. 
Ainda assim, tentarei listar algumas despesas que acredito serem comuns a todos os turistas de primeira viagem na cidade, que desejam conhecer os principais pontos turísticos recomendados em guias de viagens.

Lista de gastos - valores de janeiro/2011 por pessoa
Dica: clique na atração e confirme no site oficial se o valor continua o mesmo!
Para ter uma estimativa de valores de hotéis, recomendo visitar o site Booking (valores sem taxas).
Para comparar os preços de passagens, recomendo consultar a Decolar.
Caso queira comprar ingressos da Broadway com antecedência e desconto, fique sempre de olho nos sites BroadwayBox e Playbill.
Ouça o turista profissional Ricardo Freire falando sobre a compra de tickets da Broadway com desconto.
Para ter ideia dos valores de refeições, no site MenuPages é possível ver o cardápio (com preços) de vários restaurantes e lanchonetes da cidade. Você pode olhar o que tem de mais interessante e barato para comer próximo às atrações que você pretende visitar ou próximo ao seu hotel.
Espero que essa lista de despesas lhe ajude a prever os gastos nessa bela cidade!

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Melhor localização para hospedar-se em NY


A primeira coisa a que me dedico intensamente depois de escolher meu destino de viagem é encontrar um hotel com uma boa localização, para chegar e sair com facilidade e sem preocupações com o horário e a segurança.
Existem muitas dicas bem legais na internet sobre hospedagem em NY, algumas são preciosíssimas para quem visita a cidade pela primeira vez, outras valem mais para visitas posteriores. A dificuldade, pelo menos para nós que éramos turistas de primeira viagem pela Big Apple, foi reconhecer a primeira e descartar (temporariamente) a segunda. 
Ficar próximo a uma estação do metrô é uma super dica que vale para muitas outras grandes cidades do mundo. Em NY esse sistema de transporte chega em todos os lugares mais visitados pelos turistas, o que significa que o fácil acesso a ele é essencial!
Para quem pretende "ticar" na lista as atrações que são indicadas em todos os guias e sites de viagem, a melhor localização para hospedar-se, na minha opinião, é entre as imediações da Times Square até o Central Park. Você terá por perto várias atrações e não terá dificuldades de chegar às demais. 
Ficamos hospedados no Hudson Hotel, seguindo a super dica do Ricardo Freire (assista ao vídeo e maravilhe-se com o hotel!). Não é um hotel barato (ô cidade com hospedagens caras!), mas conseguimos uma promoção na Tam Viagens e eu achei que foi um super negócio! É claro que foi preciso adaptar o nosso roteiro para estar na cidade durante a promoção, mas isso não foi um problema!


O hotel é muito bonito, bem estiloso, todo novinho e com uma localização perfeita: a poucos passos da entrada do Central Park, em frente ao Time Warner Center, com muitos cafés, restaurantes e mercados no entorno, cercado de várias estações de metrô e a poucas quadras da Times Square e dos teatros da Broadway. 
Isso às vezes não faz diferença no início do dia, mas eu garanto que no final da noite é uma alegria chegar logo no hotel e descansar, ainda mais quando o termômetro marca temperaturas bem baixas!
Antes de ir eu li que os quartos desse hotel eram bem pequenos (não deixe-se enganar pela simpatia do Ricardo Freire pulando na cama: há espelho nas paredes laterais do quarto fazendo ele parecer mais amplo! rs). Eu achava que era exagero do pessoal, mas eles estavam certíssimos!
Não foi muito confortável administrar duas pessoas e 4 malas (2 grandes e 2 pequenas) no quarto! Mesmo assim, ele tem uma decoração bem legal, exatamente como mostra no vídeo! 
Os funcionários do hotel foram muito gentis conosco: quando avisamos que chegaríamos na cidade pela manhã, ofereceram-se para guardar as nossas malas; ao chegarmos no hotel, no entanto, eles já liberaram nosso quarto sem nenhum custo!
Recomendo que você assista ao restante dos vídeos feitos pelo Ricardo Freire: tem várias dicas legais, não só de hotéis!
Por fim, pesquise no TripAdvisor a opinião de pessoas que já estiveram no hotel que você pretende ficar: normalmente elas detalham bem os pontos positivos e negativos do lugar. E não se esqueça que muitas hospedagens em NY tem banheiros compartilhados: fique atendo na descrição do hotel!

Posts interessantes sobre o assunto:

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Rota dos lagos e vulcões - Puerto Varas

Puerto Varas é uma pequena e charmosa cidade na margem do Lago Llanquihué e tem como característica as suas construções de madeira em estilo germânico, declaradas monumentos nacionais. Para mim, uma outra marca da cidade, ao menos no inverno, é o cheiro de madeira queimada (nada agressivo) que está em toda parte, por causa dos aquecedores dos estabelecimentos e residências. 

Calçadão e hotéis na margem do lago

Muitos turistas que decidem fazer a Rota dos Lagos e Vulcões e dispõem de poucos dias escolhem essa cidade chilena para visitar e, em seguida, partir para Bariloche, na Argentina. Como tínhamos quase 20 dias de férias, conhecemos também Pucón, que está um pouco antes (mais próxima de Santiago).
A paisagem do lago realmente impressiona por tanta beleza! Lembro que ficamos uns bons minutos sentados, pegando um pouco de sol e contemplando a bela combinação do infinito de águas azuis com a brancura do vulção Osorno ao fundo. Esse é um dos lugares em que você não consegue ver as margens do lago e tem a sensação de que ele não tem fim, como temos quando vemos o mar.

Como chegar em Puerto Varas
Não há aeroportos na cidade, mas chega-se de avião à cidade vizinha, Puerto Montt (20km de distância).
Quem vai de Santiago para Puerto Varas de ônibus normalmente aproveita o percurso de 12h para dormir e já economizar um dia de hospedagem. Fizemos isso no final da nossa viagem, para retornar à Santiago, e valeu muito a pena! O ônibus leito não ficou caro e era muito confortável! 
Aliás, as nossas melhores histórias da viagem são sobre os ônibus! Nos divertimos muito!!!! Vou falar sobre isso em outro post, para não perder a objetividade das dicas, ok?
Chegamos de ônibus vindo de Pucón. Infelizmente não consigo lembrar quando tempo durou a viagem, mas me recordo que o caminho é realmente muito bonito!

Onde hospedar-se
Uma boa localização em Puerto Varas significa ficar nos arredores da Plaza de Armas, onde estão os restaurantes, lanchonetes, mercados, bancos, lojas, agências de viagens... No inverno, sobretudo, quando a cidade recolhe-se mais cedo por causa do frio, ficar bem localizado faz muita diferença para os que curtem bater perna.

Iglesia del Sagrado Corazón de Jesus

Quando estiver decidindo sobre a hospedagem, leve em consideração que a cidade é pequena: quatro ou cinco ruas depois da Plaza de Armas pode significar já uma área mais deserta, com pouca movimentação de pessoas ou poucas residências na rua. Foi exatamente o que aconteceu conosco! Caminhar por ruas pouco movimentadas tarde da noite não foi exatamente um problema, mas não é algo que eu faria novamente se voltasse à cidade. 
Quem está programando uma viagem mais romântica e tem poucas restrições de gastos, há bons hotéis mais afastados do centrinho e com uma vista privilegiada do lago. O uso de taxi será obrigatório quando quiser fazer as refeições fora do hotel. 

O que fazer na cidade
Não há muito o que fazer na parte mais urbana da cidade. Eu lembro que, após contemplar a paisagem do lago e caminhar uns 15 minutos pelo centro, tive a sensação de que tínhamos destinado muito tempo da viagem para passar ali. Essa sensação foi embora já no primeiro passeio que fizemos! 

Formação rochosa resultante da lava do Vulcão Osorno - Parque Nacional

Na margem do lago, perto do calçadão e da Plaza de Armas há um quiosque onde funciona o centro de informações turísticas. Lá contratamos um dos passeios mais bonitos que fizemos nesses 20 dias de viagem: o do Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, onde a atividade vulcância foi responsável pela curiosa formação rochosa nos Saltos do Rio Petrohué. 

Vista do Vulcão Osorno no caminho para o Parque Nacional

Aqui também há uma combinação generosa da natureza, que resolveu reunir num mesmo lugar a vista privilegiada do Vulcão Osorno (você tem a sensação de que está aos pés desse gigante), a cor impressionante da Laguna Verde, que desfaz-se no belo azul do Lago Todos los Santos. E, quando você pensa que acabou, um pequeno barco cruza as águas do lago, em direção às montanhas nevadas ao fundo, tornando a paisagem realmente perfeita! 

Lago Todos los Santos

A única coisa que não tem ali e que realmente é um pecado são banquinhos para você sentar por horas para admirar a vista e aquele silêncio tão especial!


O Vulcão Osorno é classificado como "adormecido", pois sua última erupção foi em 1835. Durante todo o ano há neve no seu cume, mas no inverno ele fica inteiro bem branquinho! 
É possível fazer esse passeio sem contratar nenhum tour: há um microônibus que parte do cruzamento das calles San Bernardo e Walker Martinez e que para nas imediações dos Saltos. Como contratamos o tour, não tenho como avaliar se vale a pena ir por contra própria.

Microônibus urbano a caminho do Parque Nacional

Outro passeio que fizemos, dessa vez por conta, foi conhecer o Arquipélago de Chiloé, um conjunto de 40 pequenas ilhas (aqueles pequenos pontinhos que vemos no mapa). Fomos para o povoado de Ancud e visitamos o Mercado Municipal, a Plaza de Armas, a Catedral e o Fuerte San Antonio, que tem uma muralha à beira mar cercada de canhões e com uma vista bem interessante. Eu não recomendaria o passeio para quem tem poucos dias de viagem.

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    Rota dos lagos e vulcoes - Pucon



    Esses dias eu liguei meu antigo computador e vi essa foto como fundo de tela. Tinha me esquecido completamente de quão bela é a paisagem dos Lagos Andinos! Faz tempo que quero começar a escrever uma série de posts sobre o assunto, mas estou sempre adiando.

    Sempre que alguém me pergunta sobre o sul do Chile, tenho a sensação de que não consigo descrever o quanto esse lugar é lindo e com paisagens que realmente impressionam!

    Visitamos a região em julho de 2009, em pleno inverno. A nossa intenção era conhecer Santiago e de lá seguir para o deserto do Atacama. Depois que começamos a pesquisar decidimos adiar (com muita dó no coração) esse roteiro, porque não era uma boa época para ir até o Salar de Uyuni, ali pertinho, na Bolívia.

    Decidimos pelo sul do Chile, mesmo sabendo que chove a maior parte do ano na região. Ainda bem que demos sorte e pegamos maravilhosos dias de sol!

    A primeira cidade que conhecemos foi Pucón, um lindo vilarejo com grandes lagos, florestas, montanhas nevadas, estação de esqui, piscinas termais e o Vulcão Villarrica, ainda ativo. Além da exuberância de belezas naturais, o centrinho, embora pequeno, é bem charmoso e lembra as construções de Bariloche ou Campos do Jordão.


    Av. Bernardo O'Higgins


    Como chegar na cidade
    Pegamos um trem que saiu bem cedo de Santiago e que encerrou o seu percurso em uma cidade próxima de Pucón chamada Chillán. De lá, seguimos com ônibus de viagem. Podíamos ter feito o trajeto inteiro de ônibus, mas queríamos aproveitar o trem, afinal a gente usa tão pouco esse meio de transporte para viajar pelo Brasil, não é mesmo? Vale ressaltar que ele é simples, nada de luxuoso. A viagem toda dura cerca de 11 horas (5h de trem+ 6h de ônibus).

    Em grandes sites você verá a indicação de fazer esse percurso de avião, pois Pucón tem um pequeno aeroporto. É uma boa opção para quem tem poucos dias de férias, porém custa mais caro.

    Cada um tem seu estilo, mas eu gostei de curtir a paisagem do trem e ter sempre ao meu lado a Cordilheira dos Andes (pegue assentos à esquerda). O trajeto de ônibus também tem belas paisagens e muitos vulcões para se contemplar!

    Para quem vai aproveitar essa dica, deixa eu previnir: a nossa viagem começou muito engraçada! Pegamos o trem das 7h e, nas primeiras duas horas do percurso, só dava para ver uma névoa branca pela janela. Começamos a rir da roubada que tínhamos nos metido! Em seguida o sol apareceu e resolveu o problema! rs



    Onde hospedar-se
    A avenida Bernardo O'Higgins concentra todos os principais serviços da cidade: restaurantes, lojas, lan-house, mercado, agências de turismo, hotéis... É a melhor localização para quem quer explorar a cidade de dia e de noite sem precisar usar taxi.


    Lojinhas na Av. Bernardo O'Higgins

    Para os que estão em lua de mel ou procuram uma viagem romântica, os hotéis de luxo ficam em lugares bem afastados, mas com vistas para montanhas ou lagos. No entanto, se você não quiser gastar com taxi precisará ter um espírito bem aventureiro para chegar ao centrinho caminhando.




    Passamos 3 dias na cidade, hospedados no Hotel Del Montanes. Eu evito ao máximo colocar nomes de estabelecimentos no blog, mas vou abrir uma exceção por bons motivos: primeiro, gostamos muito da hospedagem (quarto aconchegante, bem decorado e quentinho), o atendimento dos funcionários foi excelente, café da manhã simples, mas gostoso e, por fim, fica na principal rua da cidade. É claro que estou falando de uma hospedagem excelente por um preço baixo! Se você é padrão 5 estrelas, essa dica não é para você.

    O que fazer na cidade
    A cidade tem atrações no verão e no inverno: no calor, as altas temperaturas fazem com que centenas de pessoas reúnam-se ao redor dos lagos para banhar-se, descansar ou passear de lanchas etc; no inverno, as piscinas térmicas de águas vulcânicas e a estação de esqui fazem a alegria dos turistas. E, durante todo o ano, você pode fazer trilhas, rafting, cavalgadas, canoagem etc.


    Pequenas quedas d'água na trilha rumo ao Lago Caburga


    Contratamos dois passeios em uma das agências especializadas em turismo ecológico e de aventura para conhecer os arredores. Como fomos no inverno e não somos muito radicais, escolhemos visitar o Parque Nacional Villarrica, onde está o vulcão que recebe esse mesmo nome, e onde funciona também uma estação de esqui. Nesse dia ela estava fechada por causa da intensidade dos ventos, mas isso não foi um problema porque a nossa intenção era fazer uma pequena caminhada pelo vulcão. Muita gente faz a escalada, mas poucos conseguem chegar até o pico, ainda mais no inverno.

    Rastro de 4km deixado pela lava incandecente do vulcão na sua erupção em 1971

    É importante dizer que essa estação de esqui é pequena e simples, bem diferente das luxuosas estruturas de Santiago ou Bariloche. Talvez por isso ela só funcione em alguns dias do ano, quando o clima está favorável. Isso não é um problema para quem está percorrendo o sul do Chile, já que em outras cidades há também estações de esqui.



    Se você nunca viu um vulcão ou nunca pisou em um, eu considero um passeio imperdível! Esse vulcão é ativo, seu pico está sempre coberto de neve (no inverno fica inteiro coberto) e diariamente solta uma fumaça pela sua cratera, o que aumenta a emoção do passeio!


    Vulcão Villarrica

    No dia seguinte fizemos o "Tour pela zona", um passeio pelos arredores de Pucón. Conhecemos alguns lagos e os parques estaduais da região, fizemos trilhas e vimos alguns saltos de águas verdes cristalinas. Nós adoramos o passeio! Tem dificuldade leve, ideal para quem não tem problemas com caminhadas, mas também não é um atleta! rs

    Na área urbana da cidade, com uma pequena caminhada pela O'Higgins, chega-se à Playa Grande, uma área bem gostosa à beira do Lago Villarica, lugar ideal para passear, descansar, contemplar a bela vista do lago.


    Lago Villarica com o vulcão ao fundo


    Algumas dicas fundamentais para curtir o inverno na cidade:
    Levar na mala roupas confortáveis, um tênis com pouca absorção de água ou uma bota impermeável é fundamental para quem quer caminhar pelo vulcão ou visitar a estação de esqui: o chão é coberto de neve e você não vai querer ficar com o pé molhado! 

    Leve roupas para banho se quiser aproveitar as piscinas termais! Infelizmente, não tivemos tempo para isso, mas elas são uma atração da cidade! As águas vulcânicas precisam ser esfriadas com as águas dos lagos, porque brotam com temperaturas em torno de 50graus. 
      
    É desnecessário dizer que touca, luvas e cachecol são acessórios obrigatórios. Além disso, um casaco bem quentinho ou blusa térmica serão muito úteis. 

    Tenha sempre na bolsa uma garrafa de água e algumas coisas para beliscar na hora da fome: não há locais para comprar essas coisas na maior parte dos passeios, por serem em meio à natureza. 

    Não aventure-se sozinho em alguns passeios. Eu procuro sempre fugir de grupos turísticos e fazer meu próprio roteiro, mas uma trilha no meio da mata ou pela neve sem um guia não é uma coisa que eu recomendo! Além disso, as agências montam grupos de 4 a 5 pessoas apenas. Na nossa viagem, um casal de chilenos do Atacama nos acompanhou e foi muito divertido conhecê-los! 

    Eu recomendo para todo mundo o guia "Viajante independente na América do Sul". Eu não viajo e nem mesmo planejo minhas viagens pela região sem ele! É excelente, de longe o melhor para quem quer ir por conta própria, sem contratar um pacote de viagens. 
      
    É bom lembrar que o Vulcão Villarrica é ativo, mas a cidade tem uma boa infra-estrutura para o caso de erupções. Embora na última erupção, há alguns anos, nenhuma pessoa tenha se ferido, fique atento à sinalização espalhada pela cidade e em todos os estabelecimentos. Repare que a fumaça na cratera é normal.

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